Comunicado da Mesa da Assembleia Geral da SHE

A acesa polémica dos últimos dias fez-me intervir, na qualidade de presidente da Mesa da Assembleia Geral, no sentido de restaurar algum equilíbrio e bom senso. Instalou-se, entre alguns associados desta associação – e possivelmente, entre algumas pessoas que nem sequer dispõem dos direitos dos sócios porque nunca se associaram ou porque perderam esse direito – um clima de quezília pessoal, injúria gratuita e revanchismo que nem dignificam a Sociedade Harmonia Eborense nem contribuem de modo nenhum para dar solução aos problemas existentes.

A Direcção eleita foi legitimada pelo voto dos sócios em 2007. Como tal, tem competências específicas, entre as quais a responsabilidade pela comunicação da colectividade, área da qual este blogue é apenas uma ferramenta. Tal como um cartaz ou um ofício. É uma ferramenta ao serviço da Direcção que, em todo o caso, não prescinde da supervisão e intervenção da Mesa da Assembleia Geral se for caso disso. Uma ferramenta, cujos conteúdos podem ser objecto de apoio ou crítica por parte dos sócios, os quais podem apresentar sugestões e reclamações ao órgão que o administra. No limite, caso os conteúdos ou acções constituam ilícitos criminais ou anti-regulamentares, os sócios podem manifestar-se em Assembleia Geral Extraordinária através de requerimento à Mesa da Assembleia-Geral.

Dado o teor de alguns comentários, considerados pela Direcção, lesivos do interesse da SHE, este órgão decidiu-se pela remoção dos mesmos. Sem um aviso prévio e sem consultar os restantes corpos gerentes, tendo em conta que se trata de uma situação que poderá representar a censura da liberdade de expressão. A este respeito, há limites que definem onde acaba a liberdade de expressão configurada constitucionalmente e onde começam as injúrias e difamações, puníveis pelas leis nacionais.

Como tal, foi vedada temporariamente a gestão do blogue à Direcção para fazer uma avaliação mais detalhada da situação. Após ter ouvido o presidente da Direcção, concluí e transmiti-lhe que, não obstante a Direcção ter pretendido salvaguardar a dignidade da Harmonia, deveria ter decidido com alguma prudência, apelando publicamente ao bom senso e ouvido os restantes corpos gerentes.

Apesar disso, estou determinado em pôr termo ao ruído que se instalou e repor a normalidade.

Mas não o poderia fazer sem apelar ao bom senso e à responsabilidade individual. A divisão afasta. Particularmente a divisão irresponsável e movida por interesses alheios aos de uma colectividade como a Harmonia. Considero inimigos da Harmonia todos aqueles que cultivam o ódio e a mesquinhez assente em antipatias pessoais. Seja qual for a sua «proveniência». Quem quiser ajudar a Harmonia e contribuir, que avance, dê a cara. Os erros do passado não podem ser alimentados e recalcitrados, sobretudo quando se sabe que nestes processos poucos são os imaculados.

Pelo contrário, a Harmonia precisa de todos, desde que estejam realmente disponíveis. Quem quiser continuar a fustigar a Harmonia só tem que continuar a dar alimento a toda esta pequenez. A responsabilidade é de todos, inclusive daqueles que se escondem atrás do anonimato.

Alexandre Varela,
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da SHE